"Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado...e nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo : não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores...mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !" - Vinicius de Moraes



sábado, 13 de agosto de 2011

Mania de importância !

Temos , uma maneira muito peculiar de acreditarmos que quando as outras pessoas se referem a certos assuntos , quer sejam eles bons ou maus , essas pessoas estão se referindo a nós em suas palavras , em seus textos , em seus discursos ou pensaram em nós em certo momento ao elaborarem tal ou qual contexto. É a chamada "carapuça" que vestimos e que nos serve "perfeitamente" dentro da nossa pretensão por acreditarmos que , sim , o que foi colocado ali naquele exato momento era para nós.


Mas uma vez ouvi o Luiz Gasparetto dizendo que isso se chama excesso de importância , ou seja , nos qualificamos e digo nos , porque também frequentemente me incluo nesse rol , de achar que as pessoas pensam em nós , nos dão importância , ou somos seres tão relevantes querendo até mesmo nos achar na qualidade de semideuses , de "reis da cocada" e nos incluir nos fatos e atos diários da maioria das pessoas que conhecemos.


A realidade é que não é assim que a coisa funciona. Não temos tanta e , muitas vezes , nenhuma importância para o outro. Ele não pensa em nós , ele não fala de nós , ele não se referiu a nós naquele comentário proliferado , ele sequer lembra-se que nós existimos ou chegamos a cruzar sua existência e nos dá a mínima ou nenhuma importância. Mas descobrir isso , muitas vezes dói , magoa , fere o nosso excesso de prepotência , a nossa magnanimidade , a nossa total relevância como pessoas especiais que achamos que somos (e acreditamos nisso em nossa maior ingenuidade)... Isso fere porque nos deixa de cara com a nossa insignificância (sim , por vezes ela existe , sim!!) - Oh ! que dó !


Portanto , o melhor que temos a fazer é nos fechar em nossa insignificância e levar a vida adiante. Não somos importantes para os outros ao ponto de nossa onisciência e onipresença. Não somos a última bolachinha do pacote. Somos sim , importantes , mas na medida de nossa realidade , para nós mesmos , no que diz respeito a nossa vida , aos nossos gestos , às nossas atitudes. E não devemos fazer biquinho ou nos magoarmos por isso. Não ser importante para alguém não é defeito , é questão de livre arbítrio. Vamos descer do salto , vamos... O mundo não gira em torno de nós , muito menos do nosso umbiguinho...hahaha...



P.S : Já tá achando que escrevi esse post para você ? Quanta pretensão...tsc tsc tsc

Um comentário:

Lena disse...

Van
Muita verdade nesse seu texto. É muito infantil ou, no mínimo, inadequada, essa mania de se dar tanta importância,achando que tudo que é escrito, comentado, dito , é dirigido pra nós. Penso que pessoas que têm essa mania(graças a Deus hoje sou mais tranquila nesse aspecto)necessita de um pouco mais de humildade, ou de mais autoestima. Acho que o problema se resolve nessas duas pontas!
Bjs, pessoa querida e uma ótima semana.