A gente de vez em quando para no meio do tempo para pensar. E pensa em muitas coisas, sendo a vida, um tema prático e recorrente. Talvez porque a vida, quando vista assim, de frente, sempre nos pareça, a princípio, arremedo do tempo. Não, ao contrário, ela é rara e muito clara sobre si mesma e nós é que somos tamanhos ignorantes e sequer percebemos.
A vida é um oásis no deserto e todas as hipóteses de propostas a serem vividas ela coloca bem a nossa frente, todos os dias. A vida em si é um só momento, mas não qualquer um, um grande momento ela é e enseja. Mas o que ela insiste em nos mostrar ? O que ela repete em nos dizer ? O que ela quer nos informar e fazer ver ? Na verdade a vida é um oco, mas um oco produtivo e repleto de intenções, das quais, nem sempre sabemos entender.
Então, a vida vem e amanhece a gente todo dia. Assim, como quem não quer nada, ela nos põe para dormir à noite e nos acorda toda manhã, com a intenção de verificar se aprendemos. Se aprendemos a amar, a escolher coisas positivas, a encarar os problemas com suave felicidade, a sorrir, independentemente da dor que se sinta. Ela verifica se aprendemos com a dureza e, mais ainda, com as alegrias. Ela verifica se somos ágeis em nossos afetos, se somos certeiros nos desejos reais, se somos pessoas melhores no instante ali na frente do passado que ficou para trás.
Daí você para, olha e pensa: o quanto já viveu... E talvez, pense de novo: se fez muito, se fez pouco ou se deixa a desejar e ainda precisa fazer muito... E a vida, calorosamente, te olha nos olhos, te pega pelos braços, te coloca a embalar e diz, mansamente, te recolhendo no peito, como mãe zelosa, dizendo por intuição e pensamento sem dizer qualquer palavra, que ela está ao seu lado, basta que você acredite que tudo é possível, porque assim é.
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