"Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado...e nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo : não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores...mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !" - Vinicius de Moraes



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Aí a questão já é de respeito !

Semana passada estava rolando no Facebook um recadinho no mural das pessoas que fazia uma analogia a questão do respeito aos homossexuais e aos índios , numa analogia bem tosca , eu diria , mas que da forma como foi colocada ficou até simpático , apesar de nada ter a ver uma coisa com a outra , a meu ver...


A questão em relação aos homossexuais é muito mais delicada do que a questão dos índios , são duas faces totalmente diferentes , são bases diferentes , são conteúdos diferentes : uma é questão de cultura , a outra é de opção e só aí tudo muda de figura quando olhado mais de perto... Acontece que o preconceito é um mal , que nunca levará ninguém a lugar nenhum , nem fará melhores aqueles que por ele escolhem.


A única questão que defendo aqui e defenderei sempre é a do respeito , independentemente de quem for o quê , de quem fizer o quê , de quem acreditar no quê , o respeito é pelo gênero : humano ! Somos genuinamente humanos em nossa essência e é assim que deve ser pautado o respeito das nossas relações e apenas nisso. Devemos respeitar as outras pessoas pelo simples fato de TODOS NÓS SERMOS HUMANOS e é só isso !




Que respeitemos os homossexuais , os negros , os índios , os evangélicos , os espíritas , os católicos , os ateus , os pobres e necessitados , os ricos e abastados , os folgados , os bem sucedidos , os emergentes , a classe média , a classe baixa , a classe A , os que estudam , os que trabalham , os que estudam e trabalham , as mulheres , as crianças , os idosos e os homens , apenas porque somos todos HUMANOS , tirando todos os outros rótulos , a essência que nos sobra é sempre essa afinal.

sábado, 27 de agosto de 2011

Sofrimento : questão de escolha

Quando queremos desenvolver nosso lado mais masoquista , nos colocamos à disposição do sofrimento , que faz e desfaz conosco , principalmente quando diz respeito aos assuntos do coração. Sofremos por nos acharmos vítimas da situação , quando , na realidade somos nossos próprios algozes. Somos aqueles que se lamentam , somos aqueles que choram lágrimas intermináveis , somos os incompreendidos , os coitadinhos , somos os coelhinhos devorados pela raposa velha...

Sequer olhamos à volta e enxergamos o mundo por uma amplitude maior , sequer nos levantamos e sacudimos a poeira rapidamente , porque , muitas vezes , nos atrai isso de amor rimar com dor e ficarmos vivenciando e relembrando situações passadas , tentando entender o que já foi , o que não é mais para ser entendido e sim , para ser esquecido , deixado para trás.


O sofrimento dá a impressão de vulnerabilidade e essa impressão nos conforta , porque , alguns amigos se achegam , acolhem nossas dores , compartilham os momentos tristes , enxugam nossas lágrimas. Mas é só. A escolha pela dor que fica latejando no peito é toda nossa . A decisão de levantar e fazer acontecer é nossa. A decisão de mudar a vibração e partir para outra frequência é nossa. A sensação de achar que nosso umbigo é o centro do Universo e todo o resto gira em torno de nós também é nossa e fazê-la deixar de existir em busca de algo mesmo grande e recompensador , é algo que devemos perseguir imensamente.




É pelas experiências que crescemos e nos fortalecemos , também aprendemos a viver , aprendemos a apurar os sentidos e lapidamos os sentimentos. O sofrimento é necessário sim , a cada etapa que cruzamos com ele nos reerguemos e nos tornamos outros para a próxima , sempre melhores , mas mergulharmos em sua escuridão por tempo indeterminado e nos abandonarmos ao seu bel prazer é opção nossa . O sofrimento deve durar apenas o tempo necessário e não tornar-se um vício em nossa vida nos enchendo de desesperança , tristeza e solidão.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O caos é necessário para que se alcance a paz

É certo que a vida é cíclica , assim temos a certeza de que , aquele determinado instante que ficou logo ali atrás , passou , já foi , findou-se , a fim de dar espaço e trazer o novo , trazer o momento seguinte , os milésimos de segundo a frente , os minutos e as horas subsequentes.

Mas esse ciclo só tem razão de ser quando , ao observarmos suas margens , temos a oportunidade de reconhecer as mudanças , mesmo que mínimas , que possibilitaram a execução desses momentos de forma diversa das dos anteriores e mudanças essas que , infinitas vezes , podem ter começado de um modo bastante turbulento , podem ter nos levado a um tipo de caos interno , tão insuportável , de forma a parecer ser possível nos arrebentar internamente.


Esse caos , esse desenho atropelado da realidade interna , desconstruindo todos os alicerces , desestruturando todas as paredes , as vigas mestras , os acabamentos mais delicados , arrancando todo o assoalho e derrubando os telhados , estilhaçando as vidraças e arrombando todas as portas diz da nossa necessidade , mesmo inconsciente de ter de reinventar , ter de iniciar muitas (até mesmo todas)  coisas do zero , construindo o novo em nosso interior.



Nos incomodamos com a quebradeira , com a demolição , com as perdas , com os cacos e os destroços , mas ao olharmos em volta , tudo aquilo que passou , damos de cara com o que ficou e com o desejo maior ainda de arrumar a bagunça , limpar tudo e recomeçar a construção novamente , nos reinventando de modo intenso , profundo e realmente mais vivo. Por tudo isso , até mesmo o caos é necessário em nossa vida para que nossas bases se reconstruam e nossos alicerces sejam reerguidos , após a mudança , mais fortes e vigorosos , estruturando de modo concreto nosso futuro novinho em folha que ali nos aguarda e fica feliz ao sentir o cheirinho da tinta fresca que podemos usar para colorir nosso novo destino...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Aos apaixonados (trechos da crônica de Rubem Alves)

Já que a temática da semana gira em torno dos sentimentos e do coração , encontrei uma crônica de Rubem Alves , em seu livro " O amor que acende a lua" que veio bem a calhar com o tema. Como ela é um pouco extensa , vou postar apenas alguns trechos e deixo , claro , o gostinho de quero mais para que a leitura continue na obra que , como tudo aquilo que o Rubem escreve , é uma delícia. Deleitem-se !

"Dedico esta crônica aos apaixonados , mesmo sabendo que servirá para nada. É inútil falar aos apaixonados. Os apaixonados só ouvem poemas e canções. A paixão , experiência insuperável de prazer e alegria , pelo fato mesmo de ser uma experiência insuperável de prazer e alegria , coloca o apaixonado fora dos limites da razão. Todo apaixonado é tolo. Pode ser que ele escute a fala da razão. Escuta mas não acredita. Diz ele : "O meu caso é diferente"! Tolo mesmo é quem tenta argumentar com os apaixonados.




Começo minha inútil meditação com um verso terrível de T.S. Eliot. Ele está rezando. Ele sabe que somente Deus tem o poder para lidar com a loucura da paixão. Ele reza assim : "...e livra-me da dor da paixão não satisfeita , e da dor muito maior da paixão satisfeita." Todo mundo sabe que paixão não satisfeita dói. Mas poucos sabem que a paixão só existe se não for satisfeita. A paixão é um desejo de posse que , para existir , não pode se realizar. Como a fome : depois do almoço a fome acaba...


Paixão é fome. Ela só floresce na ausência do objeto amado. Mais precisamente , ela vive da ausência do objeto amado. Não se trata da ausência física , o objeto amado distante , longe. A dor da ausência física tem o nome de saudade. Saudade tem cura. A saudade é curada quando o objeto volta. A dor da paixão é diferente. Não tem cura. A saudade do objeto amado , mesmo quando ele está presente, é o perfume característico da paixão. Cassiano Ricardo sabia disso e escreveu :


"Por que tenho saudade
de você , no retrato , ainda que o mais recente ?
E por que um simples retrato,
mais que você , me comove , se você mesma está presente ?"


Que coisa mais esquisita ! Como pode ser isso ? Como se pode sentir saudade de algo que está presente ? A resposta é simples : a gente sente saudade de uma pessoa presente quando ela está se despedindo. Cecília Meireles , desenhando sua avó morta , a quem ela muito amava , disse : "Tu eras uma ausência que se demorava ; uma despedida pronta a cumprir-se." Dirão : "É natural. A avó já era velhinha..." É verdade. Mas o que caracteriza o olhar apaixonado é que ele percebe , no rosto da pessoa amada, essa ausência que se anuncia e essa despedida pronta a cumprir-se. O apaixonado pensa que sua paixão tem a ver com o objeto. Ele não sabe que foi o seu olhar que o tornou encantado. Os poetas são pessoas apaixonadas pela vida. E a sua paixão faz com que ela, a vida, apareça sempre banhada por uma luz crepuscular. Rilke perguntava, sem esperanças de resposta : "Quem foi que assim nos fascinou para que tivéssemos um ar de despedida em tudo o que fazemos?" É o olhar da pessoa apaixonada que cria a imagem do objeto da paixão. É sobre a Cecília Meireles que o Drummond escreve. Mas sua descrição , eu creio, se aplicaria a todos os objetos da paixão :


"Não me parecia criatura inquestionavelmente real; por mais que aferisse os traços de sua presença entre nós, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos. Distância , exílio e viagem transpareciam no sorriso benevolente...que confirmava a irrealidade do indivíduo."

A dor da paixão não satisfeita é essa : o apaixonado deseja possuir o objeto do seu amor, mas ele escapa sempre. Por isso ele sofre. Movido pela dor , quer possuí-lo. Não sabe que , para que sua paixão continue a existir , é preciso que ele continue escapando sempre. A paixão só ama objetos livres como os pássaros em voo.


"...e da dor muito maior da paixão satisfeita."


A dor da paixão não satisfeita é iluminada por uma alegria. O apaixonado vive na esperança de que um dia ele possuirá o objeto da sua paixão. Mas a "dor muito maior" da paixão satisfeita não tem mais esperanças. O objeto se desfez. Ela vive na tristeza do objeto perdido.(...)" - O Amor que acende a lua - Rubem Alves

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O destino sempre brinca com o coração

Quando se pensa no amor , sempre vem a ideia de felicidade , de coisas muito boas , de sorrisos e abraços apertados , de laços entrelaçados como presentes a brindar toda a vida. Os momentos iluminados , sonhos que se compartilham e ilusões que se criam sempre fazem parte desse cenário , tão mágico !


Mas , muitas vezes , o amor esconde uma desliusão , um fim , um desfecho mal terminado , uma inconclusão... O amor não se prolonga , se encerra sem mesmo se consumar , e tudo deve ser deixado , abandonado , desapegado , "desamado".


Esses laços antes , tão fortalecidos , tão estreitos e que traziam sorrisos aos lábios , derramaram lágrimas por vezes e também desenharam destinos diversos dos tais idealizados... É preciso esquecer o amor , abandonar a paixão e , sem olhar para trás , fazer as malas e seguir , porque o restante da vida vai adiante... O amor seria algo só para os fortes ? Só para os muito fortes ? Ou para os que não tem medo de se machucar e encaram as durezas da vida de frente ?


E desse destino , que sempre brinca com o coração , como um amigo travesso , daqueles que sempre trazem traquinagens nas mangas das camisas , apronta das suas e , quando menos se quer lembrar , mais se faz impossível de esquecer tudo aquilo que não se viveu...


Muitas vezes , o amor parece exatamente mais difícil do que realmente se desejaria que fosse... os poetas que o digam ! Os poetas são aqueles que acreditam no amor , sem se importar se ao final da história sobrarão mais lágrimas ou dores , pois , o que importa mesmo é amar !

sábado, 20 de agosto de 2011


"Coração é terra que ninguém anda
e também terra que ninguém vê ,
e ainda que não se veja ,
só nos restam o calor dos afetos
e o versejar das palavras"    CORA CORALINA


Apaixonar-se é , na grande maioria das vezes , percorrer por entre caminhos desconhecidos. Rir , chorar sozinho , esconder-se da vida e de si mesmo e carregar em seu interior apenas o desejo latente de estar com o outro , de fazer parte do outro , enxergar-se no outro e com ele em todos os momentos. Apaixonar-se é desenxergar-se e passar a olhar apenas a pessoa amada , dedicar-se em prol desse combustível aflorado que se renova sempre em presença do objeto desejado. Apaixonar-se é ser ridículo e despreocupadamente bobo , feliz e em estado de graça permanente.


É um emaranhar-se de desejos e de sonhos inconsumíveis , é viver em estado de graça , é morrer momentaneamente quando os laços se deixam , os abraços se apartam , os lábios se deixam e os olhares se descruzam. É acordar todos os dias em sobressalto e buscar o melhor alinhamento , interno e externo para , ao encontro da pessoa querida , desfrutar de silenciosos e profundos segundos de deleite e de emoção embargada. É correr riscos , é não ligar para os lugares comuns , é perder o medo e o senso do ridículo , é tornar-se refém de atos incalculáveis e inimagináveis a todo momento...



Mas , a paixão não é eterna e logo se vai , se minimiza e por tantas vezes se apaga , deixando no coração apenas as brasas apagadas e as cinzas que sujam e poluem o solo fértil de nossa morada interna. Assim , como em um sopro , ela nos abandona e nos libera , muitas e tantas vezes nos liberta do cativeiro irreconhecível que nos guarda , nos cega e nos imobiliza quando escravos de suas emoções. Enfim , ela deixa profundas e dolorosas cicatrizes quando termina. Cicatrizes que talvez , em futuro não muito distante , sejam minimizadas , sejam tratadas , sejam aliviadas pelo doce antídoto chamado tempo.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Buscando a paz

Interiormente podemos estar nos sentindo como um vulcão em erupção , prestes a explodir. Podemos estar de olhos vendados para o nosso redor , para as coisas boas que nos acontecem , quando mergulhamos na nossa escuridão mais profunda.

Mas é importante saber , que mesmo a mais densa de todas as tempestades também passa. Mesmo o tsunami mais feroz , o ciclone extratropical , o furacão e os tornados em suas diversas intensidades também passam. Mesmo que não se saiba a qual tempo e quando , são passageiros.



Nesses momentos de revolta e de tristeza , de comiseração e de insatisfação , de dor , de mágoa , de inconformismo , de rancor , de todos os maus sentimentos que nos envenenam por dentro é preciso sentir-se , olhar para dentro , rever-se , respirar e aprofundar-se em si mesmo.

Dentro de nós poderemos achar as respostas , poderemos tentar equalizar nossas dores , poderemos tentar nos safar das nossas armas mais cruéis , poderemos encontrar as soluções mais poderosas contra os males que nós mesmos alimentamos.


Talvez a melhor solução de todas para encontrar a paz seja o amor. Seja conseguir reconhecer que não podemos exigir do outro aquilo que sequer temos. Não podemos querer que o outro seja quem sequer somos , não podemos também depositar nas mãos do outro nossos desejos de felicidade , porque a felicidade só tem um endereço e ele cabe aqui bem dentro de nós , nunca do lado de fora.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Do quê precisamos ?

Pensar exige um certo exercício e torna-se um hábito depois de algum tempo. É um exercício prazeroso porque nos demonstra um pouco de nossa "in"capacidade de descobrir as coisas rapidamente e tudo demanda prazo , demanda observação , ponderação... Nesse exercício diário e ininterrupto inúmeras indagações surgem e nos sentimos ausentes na grande maioria delas , por não dizerem essencialmente respeito à nossa vida , às nossas decisões e ações. Será mesmo ?




A pergunta do post se refere ao que precisamos no sentido total , universal , num primeiro momento e depois , afunila , vai para o nosso interior a fim de recolher possíveis respostas para o quê precisamos essencialmente em nossa vida , em nossos valores , em nosso ser mesmo. Você já parou para pensar nisso e já se perguntou a respeito ?









Será que o mundo precisa de mais igualdade , de menos diferenças sociais , culturais , sexuais e econômicas ? Será que o mundo e as pessoas de um modo geral , precisam de mais atitude positiva , realizações concretas em esferas menos favorecidas , novas políticas e reformas em sentido amplo e global ? Será que a humanidade precisa de paz , de amor , de generosidade , de gentileza , de amor ao próximo , de solidariedade , de vontade de crescer de verdade ? De produções que gerem ações que mudem completamente o que se vê por aí , ações que movimentem e envolvam o maior número de pessoas em prol de causas nobres ao invés de se construírem muros e fronteiras individualizando e pormenorizando , cada vez mais a vida em sociedade ?




E nós ? Será que precisamos realmente de tudo aquilo que desejamos ? Precisamos consumir desenfreadamente , não podemos nos acostumar a viver com o essencial , com o que realmente importa ? De onde vem esse vazio que nos consome e , por vezes , nos leva ao consumo ? Por onde andam nossos valores , onde foi parar o caráter , a verdade , a sinceridade , a amizade , o amor ? Será que só o que nos interessa é mesmo o dinheiro e as satisfações materiais de nossa vida ? Somos mais felizes quando mais ricos e infelizes quando mais pobres ? Somos melhores do que os outros ? Somos nós mesmos no dia a dia ou representamos uma imagem daquilo que gostaríamos de ser ? Nos encaramos de verdade e nos amamos , nos respeitamos ? Tantas perguntas...




Essas inquietações sempre nos perturbam , mas sequer paramos para refletir sobre o que elas influenciam e o quanto são importantes em nossa realidade , porque , na verdade nos falta tempo para isso , para nos questionarmos , pois estamos sempre atrás de algo ou de alguma coisa , estamos sempre precisando suprir nossas necessidades que sequer ao certo sabemos se são mesmo necessárias e assim a vida prossegue e nos emaranhamos e nos esquecemos de olhar e ver realmente. Viver é preciso , pensar sobre isso talvez possa ficar para depois...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Da individualidade nossa de cada dia...

Observar é algo prazeroso , por algumas vezes , por outras é algo impossível de não se fazer , algo inevitável mesmo , principalmente , nas ações cotidianas que nos cercam , tais como : andar no transporte público , caminhar a pé pelas ruas do bairro , ir ao supermercado , esperar em filas de banco , açougue , atendimentos mil em estabelecimentos comerciais... enfim.
E nessas observâncias é possível perceber o quanto somos seres individualizados e , chegamos , por certos momentos , a sermos até primitivos , instintivos em nossas ações diante de outras pessoas , ações do tipo - cada um por si - pautadas pela base do egoísmo mesmo e da pura falta de educação , solidariedade , importância e descaso. Descaso com tudo e com todos , com o ambiente em geral e com as pessoas que nos cercam.


Se estamos aqui , dispostos em sociedade , sugere-se ou supõe-se que haja um motivo para tal , haja um motivo que nos leve a isso , fundamentalmente e em minha consciência acredito que seja para aprender que estamos assim , aprendermos a respeitar as diferenças e as individualidades simultâneas que nos cercam em meio ao mundo que nos envolve.
 
 

O noticiário da televisão é sempre muito catastrófico e deve ser evitado por pessoas muito sensíveis , pois , em certos dias , assim como o de hoje , as notícias divulgadas giram somente em torno de agressões e de desentendimentos , brigas de trânsito , assassinatos e outras coisas com as quais a sociedade como um todo já se faz tão acostumada e sequer se choca com o que vê e pode assistir a tudo isso incólume mesmo que esteja desfrutando de seu horário de almoço. Algo assim como tanto fez , tanto faz e é assim que a banda toca , não muda nunca ! Claro que não muda se nós não mudarmos também.


As perguntas que ficam são : Até quando a humanidade se dirá disposta a agir assim , desses modos tão individuais , pensando em si mesma , olhando ao redor e não se inquietando com as situações do outro ? Até quando vamos querer ficar sentados , como meros telespectadores da nossa própria sorte sem sequer mudarmos inicialmente a nós mesmos para garantirmos um futuro diverso deste que desfrutamos neste momento ? Até quando podemos não nos sensibilizar com a agressão gratuita , com as repulsas baratas que semeamos ao longo de nosso dia , com as falsas importâncias que damos ao mundo tão material e ao pouco que decidimos dedicar ao nosso próximo desconhecido que por nós , passa todos os dias despercebido de suas necessidades. Dar de ombros é sempre mais cômodo que agir e pensar sobre isso deve doer um pouco.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Essência Imperfeita

Somos dotados de certos ingredientes que nos fazem ser quem somos , nos comportarmos diante de certas realidades de alguma forma , dizermos algumas palavras em determinadas situações. Mas essas características nossas , tão peculiares , é que são os elementos capazes de nos construir , de nos desenhar , de nos tecer a essência e nos moldar diante das mais diversas cenas de nossa vida.


Nossa essência é por demais imperfeita , mas isso não é nenhum defeito , isso não quer dizer que devemos nos menosprezar ou ansiarmos por sermos quem nunca fomos. Temos sim muitas arestas que devam ser acertadas , temos desejos a serem conquistados , temos anseios a serem consumados e temos sonhos a serem vividos.


Em nossa imperfeição , trazemos também a oportunidade de crescimento e de transformação. Trazemos as possibilidades de mudança que podem acrescer em nós outras características mais favoráveis e condizentes com o momento pelo qual estamos passando. Mas a mudança nem sempre é fácil , nem sempre temos a visibilidade e a previsibilidade de enxergarmos o que é que realmente está desfocado e precisa ser modificado. Ou outras vezes teimamos mesmo , damos murros em ponta de faca e pronto , teimosia nata ou somente síndrome de Gabriela : "eu nasci assim , eu cresci assim e vou ser sempre assim..."...


O que importa é que na essência imperfeita temos a condição de errar e de voltar atrás , de fazer diferente o que é antigo e que costumamos fazer sempre da mesma forma , temos a condição de modificar aquilo que já ficou no passado , temos a oportunidade de sentir novas coisas , descobrir novos sentimentos , conhecer e visitar lugares , mesmo que sejam os mesmos , com outros olhos , a fim de construir novos caminhos. Mudar é preciso e sempre é tempo !

sábado, 13 de agosto de 2011

Mania de importância !

Temos , uma maneira muito peculiar de acreditarmos que quando as outras pessoas se referem a certos assuntos , quer sejam eles bons ou maus , essas pessoas estão se referindo a nós em suas palavras , em seus textos , em seus discursos ou pensaram em nós em certo momento ao elaborarem tal ou qual contexto. É a chamada "carapuça" que vestimos e que nos serve "perfeitamente" dentro da nossa pretensão por acreditarmos que , sim , o que foi colocado ali naquele exato momento era para nós.


Mas uma vez ouvi o Luiz Gasparetto dizendo que isso se chama excesso de importância , ou seja , nos qualificamos e digo nos , porque também frequentemente me incluo nesse rol , de achar que as pessoas pensam em nós , nos dão importância , ou somos seres tão relevantes querendo até mesmo nos achar na qualidade de semideuses , de "reis da cocada" e nos incluir nos fatos e atos diários da maioria das pessoas que conhecemos.


A realidade é que não é assim que a coisa funciona. Não temos tanta e , muitas vezes , nenhuma importância para o outro. Ele não pensa em nós , ele não fala de nós , ele não se referiu a nós naquele comentário proliferado , ele sequer lembra-se que nós existimos ou chegamos a cruzar sua existência e nos dá a mínima ou nenhuma importância. Mas descobrir isso , muitas vezes dói , magoa , fere o nosso excesso de prepotência , a nossa magnanimidade , a nossa total relevância como pessoas especiais que achamos que somos (e acreditamos nisso em nossa maior ingenuidade)... Isso fere porque nos deixa de cara com a nossa insignificância (sim , por vezes ela existe , sim!!) - Oh ! que dó !


Portanto , o melhor que temos a fazer é nos fechar em nossa insignificância e levar a vida adiante. Não somos importantes para os outros ao ponto de nossa onisciência e onipresença. Não somos a última bolachinha do pacote. Somos sim , importantes , mas na medida de nossa realidade , para nós mesmos , no que diz respeito a nossa vida , aos nossos gestos , às nossas atitudes. E não devemos fazer biquinho ou nos magoarmos por isso. Não ser importante para alguém não é defeito , é questão de livre arbítrio. Vamos descer do salto , vamos... O mundo não gira em torno de nós , muito menos do nosso umbiguinho...hahaha...



P.S : Já tá achando que escrevi esse post para você ? Quanta pretensão...tsc tsc tsc

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ilusões...um dia elas também passam

Algumas vezes criamos cenários de ilusões em nossas vidas , cenários perfeitos , cheios de detalhes , em que podemos enxergar as luzes e as cores de todas as situações que desejamos tanto viver. Criamos também personagens no seio dessas ilusões e desenhamos os enredos das histórias mais incríveis , nos desprendemos de nossa realidade material e passamos a habitar um mundo de sonho e fantasia e , de tão real criamos ali suas essências que este passa a ser presente e fixo em nosso quadro mental e vivemos ali ao redor , num desejo intenso de que aquilo tudo seja verdade e que nunca se acabe.

Mas , como tudo nessa vida é passageiro , inclusive as dores e as felicidades , um cenário assim ilusório e irreal construído por sobre uma nuvem de sonhos e imaterialidade , também não se sustenta sozinho , não garante a eternidade e não se transforma por encanto e, um belo dia , ele se desfaz. E com ele se desfazem as histórias , suas dores , seus momentos criados , seus sonhos tão suave e romanticamente idealizados.


Desmancham-se também os perifs criados (e tão acreditados , alimentados) , esvaem-se os personagens criados que participaram tão bravamente do enredo literato. E como sobreviver ao fim da ilusão ? Como continuar a seguir depois que a dor se transforma em nada ? Como olhar e não ver mais sentido naquelas coisas que ficaram no passado ?


Assim como condicionamos a mente a acreditar que tudo era real o que se deve no momento do fim da ilusão é perceber que a vida real está ali , bem ao lado , bem à margem passando por nossos olhos e aguardando nosso salto verdadeiro. Devemos ainda agradecer por nos soltarmos das amarras fantasiosas de emoções inexistentes e por podermos enxergar limpidamente o futuro que nos aguarda firme ali , bem à frente. É só não pensar mais , é só desprender , é como fechar o livro e encerrar uma história e estender a mão e alcançar novo livro com as páginas ainda a serem escritas , é só acreditar que se cresceu após imaginar o que já foi sem nunca ter sido e acreditar que o mundo perfeito está ali , logo ali , aguardando por todas as nossas ações dessa vez pautadas de realidade e verdade.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Meu sonho é ser imortal

Tem aquela música da Rita Lee , em que ela diz assim : "Não quero luxo , nem lixo , meu sonho é ser imortal , meu amor..." , pois é , esse é um verso que eu sempre gostei e gosto , aliás , das músicas da Rita aprecio a grande maioria delas , porque cresci ouvindo e são melodias que me trazem grandes reflexões apesar do seu estilo pop rock brazuca das antigas. Ela me encanta.

E hoje acordei com essa música na cabeça , ou melhor , esse refrãozinho da música em que ela diz isso e é uma das minhas verdades.



Não busco luxo , nem tampouco lixo , mas tenho o sonho de ser imortal. Não imortal no sentido de importância (pode até ser , mas não é esse o desejo maior) , mas sim , no desejo de ter feito algo que contribuisse com coisas maiores , com ações maiores , com disposições realmente importantes. Não é ser imortal apenas pelo fato de viver para sempre , porque isso , em minha crença , já sou , mas imortal no sentido de ir além e fazer mais do que as próprias possibilidades.

Isso sempre foi um desejo íntimo , lá , bem do fundinho da alma e tem retornado aqui por essas bandas nos últimos tempos. O coraçãozinho pulsa por querer fazer a diferença , mesmo que ainda sequer tenha dado qualquer passo em direção a isso , mesmo que ainda não tenha estacado nenhum alicerce , mesmo que ainda não tenha escrito uma linha sequer dessa história , sempre há tempo para ir atrás , começar e sinto , cada vez mais , que o iniciar está bem próximo.



A imortalidade pode estar muito mais enraizada por ações concretas do que por indagações ou imaginações abstratas. Pode deixar de ser só uma utopia e tornar-se verdade , se , a cada dia , em nossos mínimos gestos e nessas atuais circunstâncias em que nos encontramos faz toda a diferença , soubermos realizar nossas atitudes com cordialidade , com simplicidade , mas com amor e dedicação sem apenas o "fazer por fazer" , fazermos com a alma e com o coração.

É para e por isso que caminho atualmente , a passos pequeninos ainda , mas lapidados com grande amor e muita intenção de colaborar para um mundo melhor , mesmo começando com o mundo a minha volta , que nem é tão grande assim , para depois estender os laços com efetividade.

 

Nem Luxo, Nem Lixo

Rita Lee

Composição: Roberto de Carvalho / Rita Lee
Como vai você?
Assim como eu
Uma pessoa comum
Um filho de Deus
Nessa canoa furada
Remando contra a maré
Não acredito em nada
Só não duvido da fé...
E como vai você?
Assim como eu
Uma pessoa comum
Um filho de Deus
Nessa canoa furada
Remando contra a maré
Não acredito em nada
Não!
Até duvido da fé...
Não quero luxo nem lixo
Meu sonho é ser imortal
Meu amor!
Não quero luxo nem lixo
Quero saúde prá gozar no final
Luxo! Lixo!
Meu sonho é ser imortal
Meu amor!
Não quero luxo nem lixo
Quero saúde prá gozar no final...
Não quero luxo nem lixo
Meu sonho é ser imortal
Meu amor!
Não quero luxo nem lixo
Quero saúde prá gozar no final
Luxo! Lixo!
Meu sonho é ser imortal
Meu amor!
Luxo nem lixo
Quero saúde prá gozar no final...
E como vai você?


 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

"Para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem..."

Para quem não conhece , eis aqui um pouquinho da história de um dos meus protetores , o guerreiro São Jorge :


São Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um padre e soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos Catorze santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como também em 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele na Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I.


Stgeorge-dragon.jpg
São Jorge e o Dragão , de Gustave Moreau

É o santo padroeiro em diversas partes do mundo: Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião).

De acordo com a lenda, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do centro da Anatólia que, atualmente, faz parte da República da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar.

Castelo de S. Jorge , Lisboa

Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador. Jorge, ao ver que urdia tanta crueldade contra os cristãos, parecendo-lhe ser aquele tempo conveniente para alcançar a verdadeira salvação, distribuiu com diligência toda a riqueza que tinha aos pobres.
Ícone de S. Jorge , museu Cristão Bisantino , Atenas

O imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos e no dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os romanos deviam se converter ao cristianismo.
Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo. Indagado por um cônsul sobre a origem dessa ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da Verdade. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O que é a Verdade?". Jorge respondeu-lhe: "A Verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e Nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da Verdade."

Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor).

Capadócia , Turquia

Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.


Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, em Bizâncio, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.

Oração a São Jorge

        Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos tendo pés, não me alcancem; tendo mãos, não me peguem; tendo olhos não me vejam e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar. Jesus Cristo me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus com sua Divina Misericórdia e grande poder seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meus inimigos. Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.  (Tradição popular)

Salve , Jorge !

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Agradeça mais do que peça

Agradeça pela sua vida
Agradeça pelo dia de hoje
Agradeça pelo simples fato de sair e voltar a sua casa
Agradeça pela sua casa



Agradeça pelo seu corpo
Agradeça por todos os seus sentidos em perfeição
Agradeça pela sua família
Agradeça por seus amigos
Agradeça por seus inimigos
Agradeça por estar vivo
Agradeça por seu trabalho
Agradeça por poder procurar um trabalho , caso não tenha
Agradeça por seus estudos
Agradeça por poder estudar
Agradeça por poder sonhar
Agradeça por poder pensar , poder ouvir , poder ver e falar
Agradeça pelas dores que sente em seu corpo
Agradeça pelo cobertor que lhe aquece nas noites de frio
Agradeça pelo teto que te abriga
Agradeça pelo alimento que tens à mesa



Agradeça pela idade que alcançastes
Agradeça por sua saúde
Agradeça pela saúde dos seus familiares
Agradeça por infinitamente tudo que Deus Lhe dá todos os dias mas que você sequer lembra
Agradeça pela luz do sol em sua pele
Agradeça pela escuridão da noite para dormir



Agradeça por seu descanso
Agradeça pelas mínimas coisas
Não peças nada
Se você tem oportunidade de agradecer a todas essas coisas
Você já é abençoado e não precisa pedir nada
Apenas agradeça a Deus por ser Seu filho
Agradeça a Deus por ter um Pai tão bondoso
Que repara suas falhas , que não cobra suas faltas
Que não Lhe cobra nada e sempre te dá , cada vez mais , todos os dias !
Pare de reclamar da vida , do mundo , de todos e simplesmente AGRADEÇA !
Aquele que é grato recebe muito mais recompensas do que aquele que apenas cobra que o mundo lhe recompense...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Quem inventou o amor ?

Quem inventou o amor ? Para qual finalidade ? Para quem ? Por quê ? Alguém aí tem resposta para alguma destas questões ? Sempre me pergunto para que existe no mundo algo assim , tão profundo , que ultrapassa nosso entendimento , nosso conhecimento , supera todos os nossos sentidos e a troco de quê ? É algo que veio para nos ensinar ou para ensinar aos outros ? É algo sutil ou avassalador ? É algo verdadeiro ou utópico ? É real ou é sonho ?


Quem inventou o amor deveria indicar-nos algumas fórmulas de lidar com ele , ou um manual de instrução ou como minha amiga Cris colocou em seu Cafofo On Line uma vez um cardápio de opções e de seleção que pudéssemos usar para o amor ser mais bem administrado de certo. O amor é vilão ou mocinho ? Antídoto ou veneno ? O amor rima com dor sempre ? O amor é suave ou ardente ? Devemos tomá-lo em doses diárias ou esporadicamente ? Quem disse que ele deve ser eterno ? Devemos amar uma só pessoa durante a vida inteira ?


Só o que sei é que ele existe , pelo menos acredita-se que exista quando achamos que estamos sentindo , mas como definir se o que sentimos é realmente amor ? Não seria uma paixão desenfreada ? Não seria uma atração momentânea ? Como definir algo que não se define , que não possui propriedades ou características ?


O amor é humano ou é divino ? É fácil ou é algo tão difícil de se entender e de se esperar que promove as maiores inquietações em nosso comportamento , em nossas mãos ? Ele mora no coração ou no pensamento ? Onde encontro ? fora de mim ou dentro ? São tantas as dúvidas e quanto mais penso acredito que não se deva pensar nisso , apenas sentir todas as suas propriedades , mas quais , afinal ? Muitas perguntas e não encontro manual , tratado ou enciclopédia que o retrate em sua completude... Quantas dúvidas e nenhuma resposta sequer ! Quem inventou o amor ? É quem tem todas as respostas...