
Meu pai gostava de me levar e invariavelmente jogávamos bola, ele me ensinava a chutar corretamente para que não me machucasse dando bicudas enquanto estivesse jogando. E eu adorava aprender a chutar , mas isso não me despertou uma vontade maior para jogar futebol, prefiro mesmo assistir e ainda assim, muito de vez em quando.
E agora , nas manhãs em que faço caminhada, percebo essa enormidade de pais, alguns deles muito jovens até, que levam seus filhos para passear e admiro isso, porque enquanto esses pais estão lá desfrutando com seus filhos de uma manhã no parque, seus laços estão sendo fortalecidos, seus vínculos estão tornando-se permanentes e seus filhos, assim como hoje eu trago enormes lembranças do meu pai, terão também muito do que se recordarem quando forem adultos.
Tem um pai, em especial, que é o único que não aprovo nesse intercâmbio laço-afetivo que ele exerce com seu filho e já o vi algumas vezes a passear com o menino e sempre me chama bastante a atenção. Ele não é tão jovem , mas tem porte atlético e sua diversão é empurrar o carrinho de bebê enquanto corre desembestadamente pelo parque. O que seria uma diversão a mais ou uma coisa natural, se seu filho aprovasse essa ideia.
Mas o problema é que quando olhamos para dentro do carrinho, o coitadinho do menino está com uma carinha de pânico imensa, não se mostra absolutamente nada confortável naquela situação, quase chega a chorar de desespero e seu pai, parece nem se importar com isso porque continua sua tarefa de corrida empurrando velozmente o carrinho.
Outro dia tive a oportunidade de observar o menino passeando de carrinho com a mãe : quanta diferença ! Ele trazia um sorriso nos lábios, enquanto a mãe passeava delicadamente com ele pelas alamedas do parque. É preciso cuidado nesse momento, porque nem todas as crianças admiram emoções fortes (eu era uma delas...por isso a preferência pela bola).
Fico admirando os pais que têm filhos gêmeos e agora isso passou a ser uma constante até ! Como eu queria poder ter gêmeos quando engravidasse. Tudo dobrado de uma vez só... parece meio loucura , mas é uma possibilidade que imagino de acontecer e que pudesse ter dois meninos ou então um casal. Também não precisa ser uma gravidez sêxtupla como a da Kate do canal de televisão, que agora, sem o marido ao lado precisa cuidar dos oito filhos sozinha, aí não ! Agora nem posso mais assistir ao programa aos domingos porque choro, só de imaginar essa situação, ela tão jovem cuidando das oito crianças e o pai lá, tendo ido viver com sua namorada só vê os pequenos de vez em quando. Coisa mais triste... Achava-os uma família tão linda !
Mas assim é a vida, seus filhos passeiam com seus pais e a alegria dos pequenos momentos é sempre renovada através dos mais simples gestos. Isso é o que permanece. Vamos passear mais.
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