Nossa, ontem tive um dia daqueles em que ficamos nas nuvens sem querer descer de lá, apenas para poder ficar admirando o mundo todo, com suas cores e alegrias, observando do alto tudo de bom que a vida me oeferece e que, por vezes, nunca me dou conta.
Começou com o sonho que tive, que, para muitos pode parecer horrível, se levado ao sentido literal de como ele ocorreu, mas o que eu senti no sonho me traduziu muita coisa que o dia de ontem só veio a confirmar.
Havia sonhado que eu e meu marido estávamos em um ônibus comum, um coletivo, e de repente, ao lado desse ônibus, encostava um carro do Exército e nesse carro haviam soldados, presos e uma repórter. De repente, um dos presos levanta e pega a repórter de refém, apontando uma arma para a cabeça dela, só que quando os soldados o ameaçam ele atira, tudo isso numa fração de segundos, foi muito rápido mesmo, e esse tiro me acertou em cheio. Eu me lembro exatamente da sensação de cair no chão, lentamente, minhas vistas se escurecerem e eu ouvir apenas meu marido gritando mandando as pessoas se afastarem e eu imaginando rapidamente depois do que se seguiria dali para frente. No sonho, a sensação que eu tive, foi que uma parte da vida que eu havia levado até ali tinha terminado e que eu, a partir de agora, estava começando uma nova vida.
Apesar de toda densidade desse sonho, o que me veio e ficou como sensação foi isso. De que eu havia posto um ponto final ali e estava, recomeçando um novo capítulo, uma nova história. Se eu ainda estava com alguma dúvida de como seguir em 2011, ontem, todas elas caíram por terra e eu tive a certeza de que estou seguindo pela direção correta.
Ao passo que, pela manhã, agora na vida real não mais no sonho, em meio a nossa aulinha maravilhosa de Português, o meu querido professor Damásio adentrou nossa sala para falar conosco sobre sonhos e sobre como eles acontecem... Ele estava acompanhado da Adriana, uma jovem que trabalha com ele há sete anos e que foi até lá para nos dar seu testemunho de que, para quem persiste a coisa realmente acontece.
A história dela é de superação, pois, ela trabalhava como doméstica enquanto cursava a graduação de Direito no interior de São Paulo e, após concluir a graduação, veio para a capital para se preparar para seguir a carreira da Magistratura. Conseguiu uma bolsa de estudos no curso e também um trabalho para se manter e, agora, depois desse tempo, em janeiro irá ser juíza em Goiânia , onde ocorrerá sua posse. Ou seja, a persistência, a fibra e a garra que ela teve se mantiveram e a fizeram conquistar seu grande sonho.
É uma vida dura essa nossa de estudante profissional, porque a gente abdica de muitas coisas, tem de abrir mão de outras, fica praticamente sozinho, estudando, imerso nos livros por horas e dias a fio, não desfruta do convívio da família , dos amigos, mas sabe que, lá no fundo, depois de todo esse esforço de poucas horas dormidas, alimentação precária e corrida, a gente vai alcançar o que tanto deseja, basta acreditar e manter a direção.
O que fica pra mim de toda essa caminhada também são as pessoas que pude encontrar pelo caminho e que me dão à mão nesse momento. Essas pessoas têm um significado mais que profundo e especial e são algumas das bases em que me sustento hoje para conseguir prosseguir. São pessoas que nos fazem aprender todos os dias, e que, por mais difícil que esteja a caminhada, é preciso respirar e continuar, olhar para frente e ver que é só uma questão de tempo a realização desse grande sonho que buscamos no universo tão concorrido dos concursos públicos.
E o professor Damásio, do alto de sua humildade e sabedoria ainda afirmou : "que só não passa aquele que desiste do seu sonho."
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