"Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado...e nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo : não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores...mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !" - Vinicius de Moraes



segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Eu não sei o que eu quero, mesmo assim nunca deixo de buscar


Já fui mais encanada com esse negócio de "ainda não fiz nada na vida", principalmente quando estava à beira dos 29-30 essa crise bateu e veio forte. (Gisela Rao - http://migre.me/2JQPt )

Mas aí embarquei numa viagem de autoconhecimento, fui atrás do entendimento das coisas, fiz terapia, fiz um curso de Numerologia que me ajudou muito também, analisei meu Mapa Astral e descobri tanta coisa boa que estava adormecida, que pensar nisso deixou de ser o mais importante e o que ficou foi apenas a vontade de agir.

Pude me conhecer melhor nessa busca e entender que minha alma não é restrita a apenas uma única coisa ou a um único desejo de faça isso ou aquilo, vá por ali ou por aqui, não ! Meu universo interior é um pouquinho mais infinito que isso e o que eu tenho de base na alma é apenas uma vontade muito grande de poder ajudar outras pessoas, de poder me tornar necessária na vida delas, de fazer a diferença. Mas essa diferença não tem uma forma específica como ser uma médica, uma advogada, uma psicóloga, uma engenheira, ela é ilimitada e pode ser várias coisas ao mesmo tempo, desde que haja sob o amor incondicional.

E fazendo o balanço tradicional de final de ano que todos somos levados a fazer, percebo que vou entrar em 2011 com vários projetos, mas sem nenhuma responsabilidade ferrenha de concretização de todos eles, porque se a vida mudar sei que poderei retomá-los em outro momento e hoje, tenho muita tranquilidade para aceitar o que antes me afligia muito. Como conversava com minha amiga Fê na sexta-feira, se der certo , continuo, mas se não for aquilo que espero, paro e vou olhar ao redor novamente para seguir em outra direção, sem culpa, sem dor na consciência, sem pensar ou lamentar : "Puxa, falhei outra vez ?"

Não vejo o recomeçar como uma falha, mas sim como um ajustamento de trajetória, como uma nova rota a ser percorrida até se chegar a um destino diferente, mais adequado pra mim e para os meus sonhos.

Vejo a vida como um grande caderno com milhares de folhas, algumas já escritas, lidas e relidas e outras ainda em branco para serem preenchidas. Os dias são os textos preenchidos pelo tempo e, quando não estão a contento, podemos arrancar a folha e começar a escrever novamente no dia seguinte e assim seguimos escrevendo nossa história, cada um a seu modo.

A única certeza que tenho é a de que quero fazer sempre o meu melhor e quero também poder fazer a diferença, mesmo que mínima, na vida de outras pessoas e isso é o que me trará felicidade, isso é o que me faz sentir viva, bem e em paz comigo mesma todos os dias.

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