Domingo é dia que me lembro da gente. Quer seja por ter sido num domingo que nos conhecemos e que coincidiu em ser também o domingo da última vez em que estivemos juntos. Sim, embora a grande maioria das pessoas não ache, eu acho o domingo um dia lindo. Nasci num domingo de março, noitinha já. E assim também foi quando nasceu meu amor por você: num dia de domingo, como naquela música que diz, que é preciso te encontrar e te falar de qualquer jeito, sentar, conversar e depois andar de encontro ao vento.
Sim. Já é hora da gente se rever. Como amigos, bons amigos que somos. O tempo não nos fez perder. O entremeio de nós também não. Aliás, acho até que o tempo melhorou a gente nesses três meses de ausência física entre nossos corações. Porque o tempo ajudou a maturar aquilo que permanece. Nós começamos nossa amizade, nos conhecemos, nos vimos e nos encantamos e depois cada um seguiu seu rumo sempre mantendo perto a constância das palavras, que sempre acalma a saudade que você causa em mim. Se você sente de mim ainda não sei, penso que não... Mesmo porque eu não te deixo sentir.
Em contrapartida você sente dia a dia o carinho das minhas palavras, essa constância da amizade, esse cuidado contigo e, principalmente, meu desejo de te ver bem, amado, querido e zelado por quem quer que esteja caminhando contigo. Faço prece de luz todos os dias. Te escrevo poesia às escondidas e às claras, tanto faz, a ordem e o tempo não importam. O que importa é sempre o que permanece aqui em mim. Esse sentimento tão imenso, tão lindo e que me encanta e me faz recriar teu brilho a cada segundo em minha alma.
São já alguns domingos longe de você, mas nem por isso diminui-se alguma coisa por aqui. É sempre o que permanece e o que cultivo dessa nossa amizade, que cresce, modificada e linda entre a gente. Dos teus sorrisos em flor me abasteço, do som da tua voz faço minha música, do calor do teu abraço que ainda me aquece faço uma morada e da luz do teu olhar guio todos os passos dessa minha estrada. Logo ali, na próxima curva da vida sei que a gente se encontra, porque a gente tem no fundo da alma tudo aquilo que permanece.
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